quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O Perigo do X9

Em toda organização, seja privada ou pública, há todo o tipo de funcionário. Daquele que se contenta e acha suficiente fazer o "feijão com arroz" àqueles que não medem limites para construir uma carreira dita de sucesso.



Ao líder cabe saber explorar o que há de melhor no tempero do feijão com arroz do primeiro e o desejo de crescimento do segundo. Buscar acender a centelha que incendiará a motivação do primeiro e conter a chama do segundo para evitar um incêndio na equipe.

É óbvio que um colaborador desmotivado ou que não comprou o "peixe" "vendido" pela liderança não produzirá o que tem capacidade de fazê-lo. É óbvio também que um funcionário que não mede consequências para "subir na vida" é nocivo a organização.

O que o líder não pode fazer, de jeito nenhum, é criticar publicamente o primeiro e "dar corda" demais ao segundo. Jamais demonstre predileção por A ou por B. E, sobretudo, nunca pense em usar a ambição desmedida do segundo para que este se transforme em um informante. Ele o fará, ouvirá conversas e passará ao líder, comentará comportamentos e ações mas, mais dia, menos dia, será reconhecido pela equipe como X-9 e não só ele cairá em desgraça. O líder também irá junto.

O verdadeiro líder conhece cada um de seus colaboradores e percebe, até pelo olhar, quando algo não vai bem. Nada resiste a uma conversa franca. Mas a carreira também não resistirá a um X-9 infiltrado na equipe.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O Líder no Serviço Público

O líder deve estar sempre disposto e pronto a servir. Deve ser um gestor de pessoas em busca dos resultados. Ou seja, arregaçar a manga junto, quando necessário, entender, ouvir, perceber sempre. Assim, sendo gestor de pessoas, tratando cada um como ser único, os resultados serão alcançados com alto nível de satisfação do pessoal.

E quando o trabalho é no Serviço Público, onde não há metas? Em primeiro lugar não é verdade que não há metas no Serviço Público. Elas existem. Apenas não têm o foco do lucro.

Assim, é necessário ter mais atenção ainda às pessoas para que elas se motivem e se comprometam com os objetivos. É fato que a estabilidade estatutária gera uma acomodação e também é fato que muitos servidores amplificam essa acomodação e pouco se comprometem com o que ultrapassa o limite do "feijão com arroz".

Infelizmente em poucos lugares do setor público há a cultura do líder. Com indicações normalmente políticas e não por mérito, a cultura que se impõe é a cultura do Chefe, aquela pessoa que foi alçada ao pedestal e que apenas ordena, raramente lidera.




Essa cultura do chefe é um dos fatores que contribui para uma eficiência menor do setor público em comparação com o setor privado pois, embora a motivação seja de ordem interna de cada um, o líder deve ter a capacidade de promover o estímulo externo para que ela, a motivação, se acenda.

Assim, a capacidade do líder de "vender o peixe" deve ser uma das habilidades mais importantes do líder no serviço público. Saber acender a motivação dos colaboradores com os projetos da instituição e entender cada um pelo olhar certamente trarão mais satisfação e maior produção, gerando melhores serviços ao público.